Amigos da Praça Maldita

Os Amigos da Praça Maldita

A história dos Amigos da Praça Maldita caberia num livro ou num site bem fuçado. Tomara que em breve pelo menos um dos dois entre na pauta e o pessoal se organize pra colocar esta ideia em prática.

Aqui, vou dar rápidas pinceladas pra que todos tenham uma noção do que foi, e ainda é, este movimento.

Os Amigos da Praça Maldita, sem dúvida, é o maior e mais longevo grupo artístico, ou melhor, aglomerado artístico, que se tem notícia nacionalmente e, talvez, internacionalmente. Os números impressionam: foram quase 300 pessoas a frequentar e a participar dessa turma durante mais de 40 anos. Destes, no mínimo 50, exerciam (e muitos ainda exercem) alguma atividade artística, variando entre a música, poesia, literatura, teatro, artes plásticas, artes gráficas, artes visuais, video, fotografia, etc. Isso, sem contar os que se dedicaram a atividades também culturais, como jornalismo, filosofia, educação, rádio, TV e muitas outras. E os que não faziam arte, também atuaram em áreas técnicas de apoio, tipo produção, direção, sonorização, gravação, cenografia, edição de video e outras.

O início do movimento se deu no final da década de 60, quando estudantes do Colégio Paulo Egydio, após as aulas noturnas, iam até a praça principal do bairro, Praça Santo Eduardo, na Vila Maria-SP, para trocar ideias e tocar violão. Mas a data que realmente marca oficialmente esta união foi a final do 1º FECE – Festival da Canção Estudantil, realizado no mesmo colégio em 07.11.1971. A iniciativa, organização e produção foi feita exclusivamente pelos alunos e todos faziam parte dos Amigos da Praça. E as produções artísticas continuaram ao longo dos anos, com destaque para o Show de Trindade, em 1980, em prol daquela comunidade de pescadores.

No meu Álbum “As Marés”, todos os intérpretes convidados e os parceiros vieram desta turma. Logicamente não vou citar nomes porque é muita gente.

Quando resolvi produzir o Show “A Nova Maré” em prol da Campanha, no mesmo Colégio Paulo Egydio, convidei todos os compositores e intérpretes para participarem e, apesar de boa parte deles estar afastada da arte há um bom tempo, prontamente aceitaram e, melhor, se entusiasmaram, e hoje todos estão novamente se dedicando à música, se apresentando em vários Saraus e Shows, além de organizarem o Sarau da Maria com sucesso.

Show Praça Maldita - anos 70
Show Praça Maldita – anos 70

2-INGRESSO I FECE 1971

 

1-P.BARROSO TOCANDO A DIANA E O PARCEIRO O.ROSA
Paulo Barroso tocando na “Diana” e o parceiro Oswhaldo Rosa
2-NO BAR DOS ARTISTAS 1
No Bar dos Artistas 1
3-NO BAR DOS ARTISTAS 2
No Bar dos Artistas 2
4-AMIGOS NO CLÉLIO
Amigos no Clélio
1-SHOW-TRINDADE_Cartaz-frente
Cartaz do Show de Trindade (frente)
2-SHOW-TRINDADE_Cartaz-Verso
Cartaz do Show de Trindade (verso)

Bar No Ar – O Recomeço

Já fazia 10 anos que eu tocara pela última vez em público, no Show do Circo Amarelo que, na época, dizia ser meu “Show de Despedida”. Mas, assim como Sílvio Caldas que se despediu da carreira várias vezes, aquela despedida foi provisória. Culpa do Cordeiro que me convidou para acompanhá-lo, mais o Guerreiro, num evento que ele, Vladi e outros já estavam agitando há algum tempo: Bar No Ar.

Muito antes dos Saraus se expandirem em São Paulo, eles já abriam as portas do teatro do Centro Comunitário Leão XIII, para que os artistas mostrassem seus trabalhos e as pessoas da região pudessem conhecê-los mais de perto. Foram várias edições que marcaram época e também estimularam os artistas da Praça, tanto na criação como na apresentação de suas obras.

O meu recomeço aconteceu no Bar No Ar 3, em meados de 1995, acompanhando-os em músicas de autores consagrados. A partir daí, me apresentei mais três vezes no Bar No Ar: na edição de número 4 acompanhando a cantora Cintia Stein, no Bar No Ar 5, acompanhando a Deise Capelozza e, finalmente, na sétima edição junto com os Badeatles.

 

 

Os Amigos da Praça Maldita na mídia