Eu e a Deise sempre tivemos uma simbiose. Acho que desde que gravamos “Pegadas” para um festival, no estúdio do saudoso Tartaruga (Douglas Martins), eu a considero minha intérprete favorita. Tanto nas minhas canções como nas de autores consagrados.

A nossa parceria se estreitou quando a acompanhei no Bar No Ar 5, no final de 95, em que ela escolheu um repertório muito bom, que ia de Djavan a Joyce. E encerramos com Tom Jobim, escolhido de última hora porque a data da nossa apresentação coincidiu com a data de sua morte e a Deise quis homenageá-lo. No final, achamos que “Retrato em Branco e Preto” foi a melhor música apresentada e, por isso, resolvemos desenvolver o trabalho “Lembrando Tom Jobim”, que descrevo em outro bloco.

Outro momento marcante foi a apresentação de “Todas as mulheres do mundo”, em homenagem ao dia internacional das mulheres. Pena que não foi gravado pra que vocês pudessem se emocionar com sua bela performance.

Considero o ápice da nossa união a sua participação no meu Álbum “As Marés”, com as suas brilhantes interpretações solo em “Pegadas” e “Três por Quatro” e, também, as que dividiu com outros intérpretes: “Flor do Amanhã” (com o Cordeiro), “Alguns Aspectos de Nossas Vidas” (comigo, Cordeiro e Helen Torres) e, finalmente, em “A Nova Maré”, com todos os convidados do disco.

Viva Deise Capelozza, pra mim, uma das melhores cantoras do Brasil.